quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ATIVIDADES DO MÊS DE SETEMBRO




REGISTROS DOS TEXTOS

Informática na Educação no Brasil - José Armando Valente

O texto aborda o histórico da inserção da informática na Educação no Brasil e nos países de sua origem. A utilização dos computadores na Educação começou em meados da década de 50 quando começaram a ser comercializados os primeiros computadores com capacidade de programação e armazenamento de informação. Nesta época, a informática era utilizada para armazenar informação em uma determinada seqüência e transmiti-la ao aprendiz. Nos dias atuais, a utilização de computadores na Educação é muito mais diversificada, interessante e desafiadora, do que simplesmente a de transmitir informação ao aprendiz. O computador pode ser também utilizado para enriquecer ambientes de aprendizagem e auxiliar o aprendiz no processo de construção do seu conhecimento.
O texto apresenta o termo " Informática na Educação" referindo-se à inserção do computador no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de Educação. Aponta as vantagens e desvantagens do uso do computador como máquina de ensino e como auxiliar do processo de construção do conhecimento e o seu uso para a aprendizagem dos conteúdos da ciência da computação.
Valente aborda o histórico sobre a influência da informática na educação americana e francesa no Brasil e como se deu a sua entrada nos estabelecimentos de ensino brasileiros e o porque da sua utilização. Assim, no Brasil assim como em outros países, o uso do computador na Educação teve início com algumas experiências em universidades, no princípio da década de 70.


A questão da formação do professor também é citada pelo autor e é fundamental no processo da introdução da Informática na Educação o que exige soluções inovadoras e novas abordagens que fundamentem a sua formação. Não se trata apenas de criar condições para o professor simplesmente dominar o computador ou o software, mas, sim, auxiliá-lo a desenvolver conhecimento sobre o próprio conteúdo e sobre como o computador pode ser integrado no desenvolvimento desse conteúdo.
Portanto, a introdução da informática na educação deve ter o objetivo de fazer com que aluno deixe de ser passivo, de ser o receptáculo das informações, para ser ativo aprendiz, construtor do seu conhecimento. Assim, a ênfase da Educação deixa de ser a memorização da informação transmitida pelo professor e passa a ser a construção do conhecimento realizada pelo aluno de maneira significativa, sendo o professor o facilitador desse processo de construção.


Ambientes de aprendizagem: reengenharia da sala de aula

Ângelo de Moura Guimarães, Renildes Dias.

COSCARELLI, Carla Viana org. Ambientes de aprendizagem: reengenharia da sala de aula. In: ______Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 2ª ed. Belo Horizonte, 2003.

A discussão colocada pelos autores do texto está em torno da interdependência entre o avanço tecnológico e a educação. A disseminação da tecnologia de informação e comunicação ocasiona novas formas de convivência, de pensamento, de textos, de leituras, de escritas e de interação no espaço cibernético. E a questão principal colocada pelos autores aos educadores é como integrar essa nova forma de pensar, impulsionada pela realidade do espaço cibernético, ao desenvolvimento de conhecimento e saberes do aluno. Como o ensino-aprendizagem pode estar em sintonia com as novas maneiras de pensar exigidas por esse espaço. E como podem ser criados ambientes de aprendizagem que tenham como suporte as tecnologias da informática e da comunicação. E para isso, é necessário um fazer educativo que não tenha sua base no discurso monológico da resposta certa, da sequência linear de conteúdos, de estruturas rígidas dos saberes prontos, mas que sua prática ofereça múltiplos caminhos e alternativas, tendo como objetivo o preparo do aluno para pensar ecológica, sistemática e criticamente.

Assim, o autor problematiza o espaço da sala de aula, tido como principal ambiente para a aprendizagem. Sugere que as ações educativas precisam ser redirecionadas para colocar o aluno como centro da aprendizagem, levando em consideração seu papel ativo no ato de aprender, ou seja, sugere a busca da reinteração do aluno com o ensino. E para direcionar o educador nesse processo, ele cita inúmeras estratégias de aprendizagem que poderão enriquecer tal interação.

ATIVIDADE: Webquest - Metodologia de ensino

Tarefa no blogger: Quais recursos da Informática podem contemplar as diversas situações:

Metáforas

Fogueira: É o momento no qual a informação é transmitida por meio das histórias contadas ao redor da fogueira e por meio do livro e do giz. Os recursos tecnológicos que abrangem essa metáfora são o power point, pesquisas que podem ser realizadas em uma biblioteca virtual tal como a wikipédia, e em sites de pesquisas como o google.

Poço d'agua: É o lugar onde o homem passa a aprender com os seus pares. Pode ser vivenciado na conversação no recreio, no café ou na cantina e, de vez em quando, nos trabalhos em grupo. Os recursos tecnológicos que abrangem tal situação são: o programa de mensagens instantâneas (msn), os chats de bate papo, os emails e etc.

Caverna: É o espaço que permite uma introspeção especial. É o momento obrigatório dos exames, quando o aluno é obrigado a estudar para a prova e fazer a instrospeção necessária, a internalização dos conceitos por meio das avaliações e do para casa.

Vida: Reinteração na sociedade para ser cidadão. Aplicação dos conheciementos aprendidos no cotidiano. O recurso tecnologico utilizado para essa metáfora é o Googlemaps.


Impactos das tecnologias de informção sobre os deficientes visuais
José Antônio dos Santos Borges
Segundo uma breve abordagem histórica, a cegueira (deficiência visual grave) já foi considerada pela sociedade como um castigo divino ou como um peso. O individuo acometido era em geral marginalizado pela sociedade ou morto. Ainda hoje, ocorre da sociedade isolar o indivíduo sob as mais variadas formas, desde a sua transformação em mendigo, no caso de famílias pobres, até a reclusão permanente em casa, no caso de famílias ricas.
Em meados do século XIX, a situação cultural dos cegos começa a mudar a partir da criação da Escola de Cegos de Paris, na qual técnicas militares de comunicação noturna passaram a ser aplicadas em alunos cegos. Métodos tatéis que visavam permitir aos cegos ler e escrever foram desenvolvidos, até que Louis Braille, um aluno cego deste instituto sistematizou a técnica de escrita em relevo. Tal técnica ficou conhecida mundialmente como a escrita Braille e é a forma mais utilizada para educação e comunicação escrita para cegos.
Essa técnica foi importada para o Brasil por um aluno deste Instituto chamado Álvares de Azevedo, que ao recitar suas lindas poesias, maravilhou o imperador D. Pedro II, que passou a acreditar que os cegos poderiam ter sucesso por meio da educação. Assim em 1854, foi criada pelo imperador a primeira escola para educação de cegos do Brasil, que hoje se chama Instituto Benjamin Constant, a qual é ainda hoje a mais importante instituição de ensino para deficientes visuais no Brasil, e que é mantida pelo governo federal.
A escrita Braille proporcionou o desenvolvimento das pessoas cegas na área cultural, entretanto, apesar das suas vantagens sobre qualquer outro método de escrita para cegos, ela também apresenta algumas desvantagens. A técnica Braille traz imbutida a necessidade de transcrição, ou seja, os textos normalmente escritos à tinta devem ser copiados para esta forma, e, como as pessoas comuns não lêem Braille, os textos produzidos diretamente por cegos usando esta escrita necessariamente devem ser transcritos para tinta. Assim a passagem da cultura convencional para os cegos acaba por depender de uma estrutura organizacional relativamente cara e complexa, que envolve inclusive pessoas voluntárias para essa transcrição.
Até meado dos anos de 1970, o apoio aos deficientes visuais no Brasil era assistencialista. As maiores instituições eram essencialmente mantidas pelo governo ou com dinheiro de beneméritos. Entretanto, com o avanço tecnológico, muitas iniciativas e parcerias público-privadas começaram a surgir, o que implantou tecnologias de computação para os deficientes visuais no Brasil.
A partir de 1980, foi iniciado no Brasil o uso do computador com a criação de cursos para a formação de programadores cegos na linguagem Cobol, realizado pela IBM em parceria com o Instituto Benjamim Constant. A entrada maciça da tecnologia na vida dos deficientes visuais brasileiros deu-se pela criação do sistema Dosvox, no Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1994. O sistema foi inicialmente preparado para ajudar os estudantes cegos da UFRJ a realizarem seus trabalhos de forma convencional, escrevendo e lendo de forma que os professores pudessem interagir com eles com mais facilidade.
Por meio do sistema Dosvox foi possível incorporar facilidades para o uso de edições de textos, interface com programas de escaneamento, impressão em tinta e Braille, acesso à Internet, diversos programas profissionais (como telemarkenting), além de manuais sonoros (gravados) para todo o sistema. O sistema foi adotado em muitas escolas e é usado nos centros de apoio pedagógico do MEC.
A partir de então, a Fundação Bradesco resolveu investir na criação de software que viabilizasse o acesso de deficientes visuais à Internet. Foi assim criado um leitor de tela chamado Virtual Vision que reproduz em voz as informações exibidas na tela do Windows.
Assim, a inserção do computador como instrumento de comunicação para os cegos trouxe significativas mudanças referentes aos paradigmas culturais, à novas oportunidades de trabalho e à facilidade de comunicação com pessoas comuns (sem deficiencia visual).
Particularmente, considero incoviniente quando o autor utiliza as expressões " pessoas comuns", o cego poderá sentir-se como um "ser comum" para distinguir as pessoas sem deficiência visual das pessoas que possuem deficiência visual. Tal expressão pode acarretar outras interpretações ligadas a questões dos valores humanos por exemplo. Apenas quem enxerga é um ser comum? Quem não enxerga é um ser fora do padrão de normalidade? Que padrão é esse? Quem, como e porque o estabeleceu? Acima de qualquer diferença somos todos seres comuns, porque somos seres humanos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário